quarta-feira, 25 de maio de 2011

Senna ...



" Heróis são conhecidos por conseguirem feitos que todo e qualquer mortal apenas sonha. Heróis são intrépidos em seus objetivos, cirúrgicos em seus atos, imponentes em suas comemorações ..."

Um dos grandes heróis que este País já teve nos deixou a 17 anos. Ayrton Senna da Silva era então um ícone do esporte. Sua inabalável vontade de vencer enchia de orgulho todos os brasileiros, ricos ou pobres, brancos ou negros. Domingo era dia de reunir a família e acompanhar curva a curva o ídolo, não importando hora ou lugar da corrida.

O mais engraçado é que Senna sempre esbarrava em algo quando corria aqui no Brasil. Sua sorte só mudou em 1991, onde após um um feito hercúleo controlando o carro na sexta marcha de ponta a ponta, desmaiou ainda dentro dele. E foi recebido de braços abertos pelo povo.



Ele estava tão exausto que mal conseguia levantar o troféu. E tal feito fez  sua popularidade explodir. Ele havia transcendido as barreiras do esporte, e se tornado um ícone nacional. Suas façanhas continuaram a encantar amantes do automobilismo e os simples torcedores, como a magistral primeira volta em Donnington Park, onde debaixo de um temporal e após largar bem atrás, ultrapassou um a um seus adversários e conquistou o primeiro lugar. Feito que rendeu uma placa no circuito e a admiração de milhões de pessoas pelo mundo.




Senna teve alguns desafetos na f-1, e o mais notório (e notável) deles certamente foi Alain Prost. Conhecido como Professor, por sempre fazer o que fosse preciso para ser campeão (nem que incluísse chegar em terceiro ou quarto lugar), os dois inicialmente tinham uma rivalidade amigável ,que evoluiu para um antagonismo imenso. Em certa altura de 1991, eles sequer se falavam.


                                                    Senna, Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet




Não vou me alongar muito sobre aspectos técnicos, sobre os pilotos, não sou especialista em F-1 ... apenas comentarei sobre como era incrível acordar todo final de semana e ter a certeza que que haveria um cara como ele representando o país. Que não tinha medo de ninguém, que sempre dava o seu máximo, sempre competitivo ... e recentemente, esse sentimento ressurgiu com força total. O documentário "Senna", dirigido pelo britânico Asif Kapadia, utiliza-se de imagens do acervo pessoal da família do piloto e das emissoras de Tv que cobrem a categoria para traçar um fiel perfil do homem e do atleta. Sua busca pela vitória, paixão por correr, seus momentos de lazer e com impressionantes imagens, capta toda a tensão que pairava no ar em Ímola, no fatídico final de semana que marcaria os acidentes fatais com Senna e o então jovem piloto austríaco Roland Ratzemberger.


Milhares de pessoas acompanham o trajeto do corpo na Itália, e no Brasil não poderia ser diferente. É impossível não se emocionar vendo tais momentos. Companheiros de equipe e amigos, rivais, ex-namoradas ... todos desolados. O Brasil perdia seu principal piloto, seu maior nome na história da F-1, mas ganhava ali um mito, cuja força permanece através dos anos.


 Valeu, Senna.

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